terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jesus e os fariseus

  Um texto bastante interessante para dedicarmos um pouquinho de nossa atenção é a narração de um evento na vida de Jesus, que, mesmo não crendo em sua divindade ou nos atributos que ele dizia de si mesmo, devemos levar em consideração, pois o evento aqui descrito mostra um pouco do que se passou na vida daquele homem e das pessoas que estavam à sua volta.
Houve um momento crucial para a vida de muitas pessoas narrado no relato de João acerca da vida de Jesus e sua passagem nessa terra. A história é dividida em a.C. e d.C. no nosso calendário, mas em face daquele evento, podemos dizer que até mesmo para aquelas pessoas a história teve a mesma divisão, mesmo eles não conhecendo o termo como o conhecemos hoje.
Para muitas pessoas, é possível dizer que Jesus odiava os fariseus e os religiosos de sua época, pois constantemente estava delatando-os e os expondo às suas misérias emocionais e espirituais. Eles se diziam tão santos e ao mesmo tempo perdiam assustadoramente a credibilidade dia após dia com a presença de Jesus de Nazaré. Jesus sabia disso e mesmo assim, não se utilizava dessa vantagem como motivo para promoção pessoal ou conquista de poder, pelo contrário, convidava as pessoas a se afastarem dele, mostrando que a popularidade não era sua meta enquanto aqui estava. Já os fariseus e publicanos eram realizados quando os homens os reconheciam como pessoas espirituais e homens aparentemente tementes a Deus. Sua devoção a Deus era apenas externa e com motivos mesquinhos e egoístas. Pensavam apenas em si mesmos e no poder e popularidade que isso lhes trazia com o povo. Suas vidas eram pautadas pelas regras e tradições que se criaram ao longo do tempo.
Não poucas vezes vemos Jesus delatando-os publicamente e até mesmo falou para os seus discípulos serem muito cuidadosos com a doutrina dos fariseus dizendo que apenas um pouquinho de suas regras poderiam comprometer todo o seu ensinamento. Uma afirmação absurdamente séria para quem se dizia cumpridor da lei, como Jesus mesmo disse de si mesmo.
Jesus falou em amor e em renúncia de si mesmo por muitas vezes mas mesmo assim, nunca deixou que seu ensino fosse deturpado pelas pessoas. Ele tinha um zelo absoluto pelas escrituras e pelos seus ensinamentos, pois afirmava que os seus ensinamentos vinham direto do pai que ele afirmava ser o próprio Deus, não permitindo, dessa forma, margem alguma para erros nas suas afirmações. Porém, se Deus é amor, por que contrariar os homens? Por que irritá-los e por que transtorná-los chamando-os de hipócritas, mentirosos e egoístas?
Uma de suas palavras e afirmações mais interessantes foi quando ele disse que na medida em que julgarmos seremos julgados também e com a medida com que medirmos aos outros seremos também medidos. Que sábia e justa afirmação! Há quem diga que quando apontamos um dedo para o nosso irmão, temos outros quatro apontando para nós mesmos, mas o que Jesus disse foi que o mesmo peso de julgamento que utilizarmos, será utilizado para nós.
Vamos nos utilizar de uma analogia para tentarmos entender esse raciocínio.
A física explica que quando um corpo entra em atrito com outro corpo, este resiste com a mesma força com que foi atacado. A física também explica que para nos mantermos sobre a terra, ela exerce uma força para não afundarmos. Por que afundamos na água do mar? Justamente por isso, a água do mar não oferece resistência ao nosso peso e afundamos. Se você jogar uma pedra na parede ela fará um certo estrago, mas se a parede for resistente o suficiente, a pedra vai bater, rebater e cair, por causa da atração magnética da terra. Vamos entender com mais facilidade. Quando alguém dá um soco em uma parede, dificilmente a parede sentirá alguma coisa, ao passo que quem deu o soco sentirá o impacto na medida da força com que agrediu a parede. Sei por experiência própria, pois já fiquei dias com dor na mão por causa de uma brincadeirinha não muito inteligente de minha parte. Experimente dar um soco em um colchão e um soco em uma parede de concreto. Você sentirá uma diferença. O colchão não oferece resistência ao passo que a parede vai oferecer a mesma intensidade do soco que for dado nela. O exemplo pode ser feito também com a cabeça, pode-se dar uma cabeçada na parede para ver o que acontece. O que não aconselho ninguém a fazer, pois isso poderá causar um transtorno considerável.
Jesus, em outras palavras utilizou o mesmo princípio fazendo uso de leis espirituais que atuam no reino dos céus, que era o reino que ele pregava por toda sua vida. É possível que ao peso de tais afirmações os fariseus e religiosos da época sentiam-se não muito confortáveis, pois sua vida girava em torno de acusações e aplicação de julgamentos sem nenhuma misericórdia.
Sua maneira de viver era apontar os erros das pessoas e mostrarem o quanto eram santos aos olhos dos homens. Sua satisfação era provar para todos que eles eram detentores da lei e dos profetas. A verdade, aos olhos deles, lhes pertencia e nada podia contrariá-los. E de fato, as pessoas já não sabiam mais em quem acreditar, pois viviam em um mundo dominado politicamente por Roma, que lhes cobrava os impostos e por líderes religiosos que ditavam as regras de conduta moral com a aprovação do governo romano, pois tais condutas em nada entrava em conflito com a forma romana de governo, que única e exclusivamente lhes cobrava os impostos, que Jesus também pagava, pois fisicamente ele estava sujeito ao governo romano, contudo na sua mente e no seu espírito ele deixou claríssimo que as leis que regiam sua conduta não pertenciam ao sistema romano e tampouco a doutrina dos fariseus. Os fariseus constantemente procuravam um vacilo do mestre para poderem lhe armar uma cilada e questionarem sua autoridade. Mas uma coisa pode ser levada em conta dentro de todo esse contexto. Jesus afirmou que devemos amar os nossos inimigos. Em momento algum ele afirmou que os fariseus eram seus inimigos, mas subentende-se, pelas suas atitudes, que eles o tinham como um inimigo que deveria ser eliminado a qualquer custo e mesmo assim, Jesus lhes amava muito e utilizou uma maneira não muito usual para demonstrar esse amor.
A profunda reflexão sempre foi um dos atributos notáveis na pessoa de Jesus Cristo de Nazaré. Ele era um homem que várias vezes foi exposto a questionamentos e situações que fariam muitos de nós reagirem de uma maneira completamente diferente da maneira que ele agiu, e ainda assim, consideraríamos correta nossa atitude. Mas para ele não, para ele a atitude correta visava sempre a restauração do homem, fosse o homem que fosse, estivesse onde estivesse e não importava o passado de quem quer que o procurasse, fosse para acusá-lo, fosse para aprender com ele. Suas atitudes e palavras foram sempre para fazer o homem pensar sobre sua situação e procurar o conserto com Deus. A religião de Jesus era muito diferente da religião dos homens da época e com certeza, muito diferente dos conceitos que temos hoje de religião e santidade nos dias de hoje.
Para tocar o coração das pessoas, Jesus em momento algum lhes apontou o pecado de alguém que demonstrava um interesse sincero em saber a verdade. Ele sempre falava a verdade quando inquirido e somente em casos extremos atacou alguém com palavras, e mesmo quando os atacava, estava protegendo o caráter e integridade divinos do Pai, que tem em sua essência, o amor supremo. Quando alguém atacava uma pessoa indefesa, Jesus não pensava duas vezes e utilizava sua maior arma para redarguir aqueles que, tendo o conhecimento, faziam uso do mesmo simplesmente para sua promoção pessoal.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vencedor Absoluto

Vencedor absoluto
Como Ele igual não há
Domina por toda a terra
Domina de mar a mar

E o seu nome é Jesus
Outro nome igual não há
E ele é o Senhot da guerra
e é o Principe da Paz.

Jesus 4 x

Foi Ele quem abriu o mar vermelho para o povo de Israel
Foi Ele quem parou o céu e a terra para Josué lutar
É ele quem levanta o homem caído na lama
É ele quem dá forças ao fraco quando o fraco quer lutar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fazendo a vontade de Deus

Olá amigos,

O texto postado abaixo é fragmento de um e-mail que enviei. Resolvi colocar aqui e entitular como Fazendo a vontade de Deus nos tornamos completos. O processo de transformação e modificação nas nossas vidas leva algum tempo, todavia, quanto mais cedemos ao toque do Espírito Santo nas nossas vidas, mais leve ficamos e realizados. Estou falando convicto do fato, pois estou vivendo isso na minha vida. Não estou contando uma história da carochinha nem história pra boi dormir. Os fatos aqui citados tem sido reais na minha vida.
Fazendo a vontade de Deus.
“Tenho procurado fazer a vontade de Deus na minha vida e faz algum tempo já que estou com esse projeto¹ no meu coração. Resolvi colocá-lo em prática e ao fazer isso, as coisas começaram a acontecer de forma muito natural, entretanto a definição comum para muitos eventos que estão ocorrendo na minha vida, seriam melhor descritas e entendidas na nossa esfera linguística como sobrenaturais. Creio num Deus poderoso e algumas coisas são naturais, contudo, devido ao afastamento da nossa natureza da excelência da majestade de nosso Rei e Senhor Jesus Cristo, acabamos por alienarmo-nos dos benefícios da presença do poder do Espírito Santo em nossas vidas.
Como agente transformador e propagador das Boas Novas de salvação, pretendo com a graça de Deus, manifestar, através desse projeto, o amor de Deus às pessoas. O farei de forma sutil e discreta.
O projeto não tem vínculo algum com religião ou igrejas instituídas, mas veio do coração do Pai e está começando a florescer no meu coração. Descobri isso ao me aproximar e decidir não mais resistir ao constrangimento causado pelo amor de Jesus² em minha vida.
Nunca estive tão bem e realizado.
Fazer a vontade de Deus nos completa.”
Deus abençoe grandemente suas vidas.

att
Eve

1 à Esse projeto trarei ao blog em uns dias.
2 à Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. 2 Coríntios 5:14

domingo, 31 de outubro de 2010

Oração

As muletas e os amuletos

Livrai-nos Deus das muletas e dos amuletos
Livrai-nos Deus de nossas desculpas
Livrai-nos Deus de nossas tradições
Livrai-nos Deus de tudo aquilo que serve como paleativo para a verdadeira cura
Livrai-nos Deus de tratarmos os sintomas e ignorarmos a causa
Livrai-nos Deus de coisas sem valor
Livrai-nos Deus das muletas
Livrai-nos Deus dos amuletos

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Às vezes, precisamos escrever com o dedo na terra.

Hoje minha meditação baseou-se em um momento crucial na vida do homem Jesus. Enquanto ele arrebatava multidões com seu discurso inflamado, autoridades religiosas corroíam de ódio os seus corações. O som das chibatadas do azorrague utilizado para espantar os cambistas ecoava na mente daqueles que permitiam que se fizesse no templo um comércio truculento e extremamente lucrativo para muitos. As mulheres recebiam atenção, as crianças eram ouvidas e protegidas e os bêbados, mendigos e malfeitores eram acolhidos pelo calor do discurso daquele homem. Talvez alguém se lembrasse de sua visita no templo aos 12 anos quando conversava com os sábios e os assombrava com sua sabedoria. Como podia alguém questionar os ensinamentos e tradições de sacerdotes e ser amigo de ladrões? Como podia alguém que falava com samaritanos conquistar o amor de multidões? Certamente era absurdamente desagradável olhar pessoas bocejando enquanto tentava-se fazer uma explanação, ao passo que Jesus não conseguia se ocultar das pessoas, pois todos estavam ao seu encalço, passando até mesmo dias ouvindo sua mensagem.
Era necessário acabar com sua imagem para que o respeito retornasse e a aparente ordem nas coisas permanecesse do jeito que estava. O controle estava fugindo das mãos dos sacerdotes e isso era inaceitável.
Enfim, surgiu uma oportunidade de ouro para que se colocasse em dúvida a integridade teológica do que pregava aquele marceneiro que se dizia filho do homem. Pegaram no flagra uma prostituta. Era o momento de fazer com que o amotinador tomasse uma posição, ou do lado dos pecadores, ou do lado dos santos. Era, aos olhos deles, impossível Jesus safar-se de tão ardilosa questão. Não havia, em suas mentes hostis, escape para o nazareno. A hora da verdade havia chegado.
Em um momento inesperado, durante um momento descontraído com muitas pessoas que ouviam os seus ensinamentos, chegaram os escribas e fariseus, autoridades da época, com a pobre infeliz arrastada e humilhada. Podiam tê-la apedrejado sem levar ao Mestre, que com ironia procuraram para constrangê-lo em frente à multidão.
Jesus assistiu em silêncio a cena, provavelmente horrorizado com tamanho desprezo pela mulher. O nazareno suportou os momentos de escárnio em que a mulher estava passando, sendo provavelmente humilhada por aqueles que tinham a responsabilidade de cuidar das pessoas. O filho do homem não tomou atitude alguma em face aos acusadores da mulher.
A multidão que o ouvia ficou aguardando ansiosa sua posição; os escribas e fariseus comemoravam sua façanha entreolhando-se e acreditando ter logrado êxito ao fazer com que o mestre se calasse. Certamente ele não saberá o que dizer. Possivelmente um sil~encio absurdo tomou conta do lugar.
Jesus abaixou-se e começou a escrever no chão. Hipoteticamente poderíamos dizer que ele não sabia o que fazer na hora, ou podemos sugerir que a resposta já estava na ponta da língua. Contudo, ele ficou ali, parado, escrevendo em silêncio. Talvez aguardando o silêncio total. Quem sabe pensando no que fazer. É possível dizer que ele não sabia mesmo o que dizer e ao abaixar-se  e escrever no chão,  aguardava uma resposta do Pai para aquela multidão.
De repente um insight.
Todos pecaram. Não há um justo sequer. Ele sabia disso. Era extremamente observador e vira isso durante toda sua vida.
Resolveu então, lançar um desafio aos sabidões. Correu um risco altíssimo com essa sugestão, pois ele disse: Quem estiver sem nenhum pecado, lance a primeira pedra. Bastava apenas um sem pecado para que se pudesse condenar a mulher ao apedrejamento.
Jesus os desafiou dizendo que se apenas um deles fosse justo o suficiente, TODOS poderiam começar o terror.
Apenas um.
Então, depois da bomba lançada, com o cronômetro contando, ele novamente, mostrando um autocontrole sem precedentes na história do homem, ele abaixa-se novamente e volta a escrever com o seu dedo em terra.
O final da história todos conhecem. Um a um foram afastando-se até que ficou somente Jesus e a mulher.
Uma simples atitude. Uma demonstração de autocontrole e sabedoria. Tudo começou com uma reflexão.
Pode-se dizer que Jesus sabia a resposta e esperou o silêncio para falar.
Pode-se dizer que ele aguardou uma resposta do Pai para falar.
E qualquer uma dessas hipóteses nos remete a um homem que foi o exemplo em tudo.
Sigamos o seu exemplo. Diante de uma situação difícil, escrevamos com o dedo na terra para que saibamos qual a melhor resposta a darmos para a situação.
Deus abençoe a todos.

Razão do livro e blog

Comecei a escrever um livro esses dias.
Vou postar aqui dia após dia os trechos, parágrafos e capítulos que farão parte da obra.
Espero que muitos sejam abençoados com o que estiver escrito.
Pode ser que venda muitas cópias, ou não, mas basta que apenas uma pessoa seja abençoada com a leitura do material que tudo terá valido a pena.

Primeiro passo

Sou equilibrado ao ponto de acreditar em coisas que meus sentidos estão limitados e não conseguem alcançar, mas são tão reais a ponto de mudarem o curso de uma vida.